Caetano assina duas das canções compostas para o longa: o lamento "Esta terra", uma parceria com José Almino, cantada pelo próprio Caetano; e "A vida é ruim", em duas versões, uma instrumental, e outra na voz de Zélia Duncan. Em um vídeo postado pela produção no YouTube (assista aqui) , o cantor e compositor baiano fala sobre a canção "Esta terra", sua impressão do filme e ressalta a importância da trilha sonora para uma obra cinematográfica.
- Eu fiz aquela canção de abertura com o Zé Almino. Ele fez o poema e eu musiquei. E como o filme é muito "farsesco", não tem nada realista e as atuações são exageradas, a música tinha, ao mesmo tempo, que sublinhar isso e compensar isso. Ela é uma canção engraçada, irônica, meio tropicalista e que vai sobre a imagem do enterro que abre o filme - explica o cantor.
Ouça "Esta terra", com Caetano VelosoNo universo das releituras, três composições integram o disco. Mallu Magalhães fez uma versão fofa para "Nossa canção", de Luiz Ayrão, que já foi sucesso nas vozes de Roberto Carlos e, mais recentemente, de Vanessa da Matta. A música embala o romance entre Violeta (Maria Flor) e Neco (Caio Blat).
Ouça "Nossa canção", com Mallu MagalhãesZé Ramalho gravou uma versão de "Carcará", o clássico de João do Valle e José Candido eternizado nos anos 1960 na voz de Maria Bethânia. A canção é a trilha do personagem Zeca Diabo (José Wilker). Já Jorge Mauter, ao lado de Thiago Silva (percussão) e de Nelson Jacobina (violões), dá um novo arranjo à sua "A bandeira do meu partido".
"Jingle do Odorico", uma das sete composições inéditas da trilha, é alegremente cantada por Thalma de Freitas, Nina Becker e Cecília Spyer e foi composta pelo próprio Guel, em parceria com o também cineasta Jorge Furtado.
Berna Ceppas compôs "Cajazeira tentação", enquanto Mauro Lima criou "Boogie sem nome", com vocais de Leo Jaime, Selvagem Big Abreu, Bob Gallo e Leandro Verdeal; e Kassin contribuiu com "Chachacha das Cajazeiras".