"ELE SEMPRE ESTEVE DO MEU LADO"
Philippe Noguchi
Depois de passar pelo Auditório Ibirapuera em São Paulo, a turnê de lançamento do novo disco de Mallu Magalhães chega ao Rio em 9 de abril, em show no Circo Voador. LABORATÓRIO POP conversou com a menina, que, após um começo meteórico, vê agora o show business com mais distanciamento.
Quais as principais diferenças entre a Mallu que mostrou "Tchubaruba" na internet em 2007 e a que lança hoje seu segundo disco, três anos depois?
Muita coisa mudou. Acho que meu crescimento, amadurecimento é grande e notável. Sinto-me mais confiante e tenho, agora, a certeza de que quero fazer isso de minha vida: cantar e compor. Hoje já aprendi muito e já me sinto profissional, além de ter estabelecido maior contato, maior canal com meu interior, melhorando, inclusive, minhas composições.
Como tem sido a rotina dos ensaios para a turnê de lançamento? Veremos as participações do disco nos shows?
Na verdade, as participações (de Marcelo Camelo e Jennifer Lo-fi ) aconteceram no show de estreia, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Para este show, tivemos de ensaiar muito. Afinal, além de musicas novas, tínhamos novidades como as cordas e os metais. Há, também, um cenário e um figurino elaborado especialmente para a turnê. Levaremos para os outros lugares, basicamente, um show como o do Auditório, mas fazendo-o caber nas casas de show e teatros do Brasil (e do mundo , tomara...). Tentaremos levar cada vez mais os metais e as participações para a estrada, mas nem sempre é possível.
Todos conhecemos suas principais influências na música: os Beatles, Dylan, Johnny Cash etc. Algo novo te influenciou para esse novo disco? Vemos um pouco de reggae nele, por exemplo. De onde vem isso?
Além de novas influências como Toots and the Maytals e Lee Dorsey, passei a ouvir a fundo, em resultado de minha paixão pela Nara Leão, muito Chico Buarque, Caetano, Vinicius e Tom.
Em que medida Marcelo Camelo participou da concepção do disco?
Ele esteve sempre, naturalmente, do meu lado. Cantou nos coros, e me ajudava nas decisões. Desta vez, não participou pontualmente de nenhuma canção, porém esteve presente em todas as composições, já que os temas sobre quais escrevo são de minhas emoções e sentimentos.
Qual sua música favorita no disco? Por quê?
Puxa, não tenho nenhuma favorita. Cada uma tem um carinho especial e determinados detalhes próprios. Sinto que todas elas fazem parte de mim, e tenho o disco todo como favorito.
Os ingressos para o show no Auditório Ibirapuera estão a preços populares. Essa foi uma escolha sua? Ou está relacionada com o incentivo da Lei Rouanet que você recebeu?
Sempre procuramos levar os shows a preços acessíveis, claro. Sobre a Lei, conseguimos aprovação do governo de nosso projeto, porém, ainda falta a longa e difícil etapa de vendê-lo para uma empresa, que será a patrocinadora. Afinal, a quantia financeira que cobre todos os custos do show (gerando o tal ingresso barato), é só 27%¨do projeto todo, que terá de ser investido, ou seja, pago em sua outra grande parte, por esta alguma empresa.
Para finalizar, o que já experimentou de melhor por ser famosa? E de pior? Do que mais sente falta no anonimato?
Este reconhecimento é muito gratificante, principalmente quando vejo os olhinhos dos fãs brilharem quando toco. Acho que isso é o melhor. De pior, acho que sofro bastante com o fato de ser uma figura pública, sofrendo coisas como assédio ou invasão da mídia. Mas acho que se preservando é possivel ficar tranqüila.
Fonte: http://www.laboratoriopop.com.br/musica/%22Ele-esteve-sempre-do-meu-lado%22/240